Já faz um tempão que anunciam o cardápio do futuro: a dieta do apocalipse vai ser se alimentar de insetos, quem nunca ouviu falar? Mas uma certa rede de hipermercados já andou se adiantando e decidiu colocar em prática uma tática algo palatável, a fim de preparar, não digo nossas papilas mas, ao menos, nossas narinas, e lançou um detergente com aroma arrojado. Você aspira e não sabe se o cheiro que está sentindo é de inseticida, se é de barata, ou se é de barata que morreu por ação de um inseticida, coisa de louco!
Incauta, comprei. Assim como compro vários produtos com a “marca” da rede, porque eu nunca dei muita importância para isso. Depois dessa, não sei se continuo confiando. Se vou começar a olhar de esguelha para a caixa do leite longa-vida (sim, sou velha, quando essa novidade saiu era como a gente chamava o leite de caixinha). Ou se vou passar direto pelas gôndolas com o preço irresistível do papel toalha. Não sei, neste momento não seria capaz de dizer.
A bem da verdade, não é só entre os genéricos que esse tipo de traulitada acontece. Recentemente comprei três pacotinhos de uns guardanapos de papel com nome aristocrático para descobrir, na primeira refeição, que eles cheiravam a papel reciclado. E olha que eu não estou me referindo propriamente a guardanapos, mas a papel higiênico mesmo.