Outubro de 2021, que se encerra daqui a menos de 6h, foi um dos meses mais estranhos que já vi. Choveu tremendamente na cidade do Rio de Janeiro. Fez frio. Escureceu cedo. Não parecia que eu estava no Brasil, mas em algum país europeu, em pleno outono.
Faz muito tempo eu li que uma pesquisa séria teria conseguido comprovar, sim, o quanto a condição meteorológica reflete o estado de espírito coletivo. Quer dizer que estamos tristes, o que mais?
Cariocas otimistas se consolam mutuamente dizendo que estava precisando chover por causa dos reservatórios baixos na chamada “crise hídrica”. Justo agora, que a classe média trabalha de casa (por quanto tempo?) por obra e graça do Sars Cov 2 e arca com as contas de luz e internet, os preços estão todos subindo. No fundo, estamos sentindo medo. De que aquele nosso solão não volte. Ou, se voltar, tenha virado solzinho.
Aguardemos para ver o que nos espera em novembro e dezembro. Por pior que seja, nada será tão ruim, se comparado à tensão que nos aguarda ao longo de 2022.