Hoje vamos de foto

Pois é: o dia amanheceu lindo, subi ao terraço do prédio em que estou trabalhando e tirei algumas fotos. O sol estava tão forte que mal deu para ver direito como tinham ficado. Mas algumas até deu para aproveitar. Com vocês, Ele, lindão, que vejo ainda mais de pertinho da minha janela, no trabalho, no nono andar…

Não acredito

Apesar de hoje ter pintado um freelazinho para fazer, consegui ir dar minha caminhada até o fim da praia logo após o passeio no parque de Bô. Isso foi entre 7h45min e 8h25min. No trajeto, está claro que passei por algumas dezenas de pessoas, mas me chamou a atenção o rapaz com a seguinte descrição, talvez por ele não estar usando short e camiseta como todo mundo. Baixo, cerca de 25 anos, cabelo castanho anelado até a altura do ombro, óculos, calça jeans, sandálias, mochila numa mão e um pacote na outra. A camiseta era marrom e tinha uma estampa em bege mais claro na frente, não consegui identificar que dizeres ou personalidade estaria homenageando como costuma acontecer com a maior parte das t-shirts. O traço distintivo era um pano, talvez outra camiseta, que ele amarrou na cabeça, tipo um lenço de pirata, com a testa e o cocuruto cobertos e um nó na altura da nuca, em vermelho vivo. Na hora em que passei por ele, na ida, achei que era algum turista desgarrado do seu bando e não dei reparo.

Entre 11h30min e meio-dia e meia, estava eu num lugar totalmente diferente. Precisei ir ao Corcovado de carro, coisa que não fazia há pelo menos 10 anos. Fiquei bastante surpresa de ver a organização e a tecnologia à disposição do visitante: há roletas modernas com leitores que escaneiam o ingresso para permitir a entrada depois que você estaciona o carro e sobe o trecho final em furgões novinhos da Prefeitura, fora o elevador panorâmico com ascensorista e as escadas rolantes que levam você até bem pertinho de Nosso Senhor. Estava cheio de helicópteros filmando – e fazendo um barulhão – a gigantesca faixa de protesto que convocava, também no Pão de Açúcar e outros pontos da cidade, a população para um protesto pela diminuição da porcentagem dos royalties do petróleo encontrado aqui no Rio de Janeiro.  Mesmo com todo o alvoroço, foi bom ter estado lá hoje.

Quando paramos o carro, pensei ter visto o tal sujeito da praia, mas fiquei na dúvida porque, embora a roupa fosse igual, não vi seus pés e ele estava sem o pano vermelho na cabeça. Só que, na hora de ir embora, ele havia recolocado e tive certeza de que era a mesma pessoa. Como ele levava jeito de andarilho, fiquei tentando imaginar se ele teria feito todo o caminho, da Praia do Flamengo ao Sumaré a pé. Não acredito em coincidências mas não tenho explicação para ter visto este bicho-grilo tão estranho duas vezes na mesma manhã numa cidade imensa como a nossa.